segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Mulher perde lábio ao fazer preenchimento com produto não recomendado

 


Mariana Michelini, 39 anos, perdeu os lábios por causa de complicações em um procedimento estético no queixo, maçãs do rosto e na boca, feitos em uma clínica em Matão, interior de São Paulo. O caso ocorreu há cerca de quatro anos e só agora foi compartilhado pela vítima. 

Conforme o Jornal de Brasília, seis meses depois dos procedimentos, a paciente acordou com o rosto inflamado, avermelhado e dolorido. O motivo da complicação teria sido o uso do PMMA, substância não recomendada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. A entidade alerta que o PMMA não é reabsorvido pelo organismo, podendo causar alergias e infecções. 

A sustância mais indicada para os procedimentos feitos por Michelini seria o ácido hialurônico, como ela presumia, trouxe o jornal. A descoberta do uso do produto não indicado foi feita em uma biópsia. Reconstrução 

Desde 2021, Mariana tem passado por diversos tratamentos, incluindo o uso de antibióticos e corticoides, intervenções para extrair partes do PMMA e uma cirurgia que envolveu a remoção de seu lábio superior e buço. 

Ainda segundo o site, ela passou pela primeira cirurgia de reconstrução em dezembro de 2023 e está prevista outra nos próximos meses. A vítima compartilhou a história nas redes sociais e por isso foi processada por quem fez o procedimento. Sendo assim, foi proibida de citar o nome e profissão da pessoa em questão. 

O que é

O Jornal de Brasília trouxe ainda que o PMMA é um preenchedor definitivo em forma de gel, utilizado em procedimentos estéticos e correção de lipodistrofia. No entanto, desde os anos 2000, seu uso tem sido evitado pelos médicos devido à sua natureza permanente e capacidade de aderir à pele, músculos e ossos. 

Remover o PMMA sem causar danos a essas estruturas, trouxe novamente o jornal do DF, é considerado extremamente desafiador, especialmente em casos de inflamação ou insatisfação do paciente com os resultados. Embora a Anvisa permita o uso para fins estéticos e reparadores, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica não o recomenda.

Ácido Hialurônico 

Dermatologistas e cirurgiões plásticos preferem o ácido hialurônico para esse tipo de procedimento (preenchimento labial). Trata-se de uma substância presente do corpo humano e reproduzida em laboratório. 

''Esse tipo de preenchedor é absorvível e considerado mais seguro, podendo durar até dois anos. Além disso, pode ser removido com a aplicação de uma enzima chamada hialuronidase'', concluiu o jornal. 

 
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