terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Delegado goiano é acusado de estuprar modelo trans em saída de festa; ele nega, mas foi afastado

 


Um vídeo de câmeras de segurança mostra um delegado da Polícia Civil de Goiás e uma miss trans,, juntos em festa em boate de Goiânia antes do estupro denunciado por ela acontecer. O suspeito nega as acusações.

O caso aconteceu na madrugada de sexta-feira (5). A modelo diz acreditar ter sido dopada antes do abuso. Segundo ela, a violência sexual foi praticada dentro do porta-malas do carro do delegado e que foi deixada por ele lá dentro até chegar em casa.

Em nota, o delegado disse que repudia as acusações e que se coloca à disposição das autoridades na investigação do caso. Kleyton também disse que “irá provar sua inocência” e que está “muito abalado com o ocorrido”.

Em nota, a Polícia Civil informou que, assim que tomou conhecimento do caso, adotou todas as medidas necessárias para seu esclarecimento, sendo o fato investigado pela Delegacia da Mulher (Deaem) com auxílio e acompanhamento da Corregedoria. O delegado foi afastado de suas funções e passou a atuar em uma unidade administrativa.

Entenda o caso

O crime aconteceu na madrugada de sexta-feira (5). A miss foi para uma boate na capital, onde acontecia a festa de aniversário de um jornalista, que é conhecido dela. O delegado também era um dos convidados. Ao final da celebração, o jornalista foi embora, mas a miss, o delegado e outra mulher combinaram de ir para outro local, pois o assunto entre eles estava bom. 

Ele ofereceu carona até o novo estabelecimento. Dentro do carro, a mulher perguntou à miss se ela era uma mulher ou um homem. Depois da resposta, o delegado decidiu cancelar a continuidade da noite e ofereceu-se para deixar as duas mulheres em casa. 

Primeiro, ele deixou a outra mulher em casa, no bairro Jardim Novo Mundo, e depois seguiu em direção a casa da miss, no Setor Jaó. A vítima disse que não se lembra de todo trajeto, mas que em determinado momento, o delegado parou o carro em um local escuro e pouco movimentado e a perguntou: “O que vamos fazer agora?”. Ela diz que respondeu que iria para casa. 

Segundo a vítima, foi neste momento que o delegado passou a forçá-la a praticar sexo com ele. Mesmo com as negativas da miss, ele a levou até o porta-malas do carro, onde praticou o estupro. Ela continuou dentro do porta-malas do carro, até o delegado parar em frente a casa dela.

Uma câmera de segurança registrou quando a jovem sai do veículo completamente nua. Ela esconde as partes íntimas com os sapatos. Minutos depois, o delegado retorna ao local e deixa o vestido dela na porta do imóvel.

Medida protetiva

O juiz plantonista Thiago Soares Castelliano Lucena de Castro concedeu uma medida protetiva para a miss. No documento emitido pelo TJGO, o juiz determinou que o delegado:

  • permaneça a uma distância mínima de 300 metros da miss e de seus familiares, sem qualquer tentativa de aproximação;
  • não entre em contato com a miss ou seus familiares por qualquer meio de comunicação (telefone, WhatsApp, e-mail e outros);
  • não frequente os mesmos locais que a miss;

 
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